Sei que não estou sozinha. Não acontece só a mim, aquela voz
pesada que se insinua, aquela que diz que não somos suficientemente bons e
nunca seremos, que não podemos fazer certas coisas, que não vai funcionar, que
vamos estragar tudo tal como estragámos uma série de coisas antes, que está
tudo mal e estamos sozinhos...
Quando eu era mais nova a voz quase que me engolia.
Claro que alguns dias são mais fáceis do que outros, mas eu
aprendi a afogar essa voz com uma onda de coisas boas: os risos das minhas
pessoas, música, livros, bolo de chocolate, dançar sem ninguém ver, abraços daquelas
pessoas especiais,...
Ainda está lá ao fundo, mas a voz não sou eu. Eu sou a que
luta contra ela
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